Bolas de Fogo não arrancam cabeça  

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Olá meus caros!

Depois de tanto tempo resolvi postar de novo com uma decisão: Não vai ser um blog de leitura única e referência em posts, afinal seria pretensão demais de minha parte, não postarei mais artigos tão grandes, e sim impressões e dicas menores, assim a leitura se torna mais leve e rápida.
Hoje vou falar sobre ontem, sobre a sessão de jogo do grupo FURYA III que rolou em 15/05/2010 e que mostrou a real importância de um grupo e da especialização de cada um.

Ontem preparei uma surpresa para os jogadores, desde sessões anteriores eles já sabiam que existia um monstro no subterrâneo da mansão do rico comerciante e agora Duque de Dabarah, ele fora colocado lá para que ninguém entrasse ou saísse da mansão pela passagem subterrânea secreta, e a única dica que tinham era que o monstro tinha 12 olhos.

A experiência passada dos jogadores fizeram-nos tremer nas bases pois, logo pensaram no Beholder, um inimigo tão temido no mundo de fantasia por seus raios fatais e simultâneos. Não fui tão cruel, o monstro realmente tinha 12 olhos, mas se tratava de uma Hidra de seis cabeças, que até deu certo alívio para todos, alívio esse que não durou muito.
O problema começou cedo, antes mesmo da sessão, um dos jogadores avisa que vai chegar 1:30 atrasado, mais ou menos, ele costuma ser o estrategista do grupo, além de diplomata e faz-tudo. Apenas ele sabe jogar com o personagem que criou, aprendeu com os erros, conhece magias e trejeitos, enfim, é como deveria ser, um jogador aplica tanto tempo conhecendo sua própria criação que a torna única e eficaz em sua mão. Outro jogador assumiu este bardo, até seu "pai" chegar atrasado.
O problema não acabou por aí. Um outro jogador havia perdido seu personagem há 2 sessões atrás, um guerreiro com exímia habilidade na alabarda, uma lâmina de corte firmemente anexada a uma haste longa, ou seja, seria perfeito para este combate. O grupo até que fez de tudo para resolver o problema, pediu para que um novo amigo deles levasse parte do corpo do defundo para um xamã indígena fazer um ritual de reencarnação e trazer o companheiro de volta, mas o trajeto de ida e volta até a tribo do xamã levaria um dia e meio, portanto, para este combate, o guerreiro estaria indisponível.

O combate inicia-se, descobrem se tratar de um monstro de várias cabeças e o conhecimento de bardo lhe diz se tratar de uma hidra, ser mitológico com poder de regeneração rápida, que só pode ser vencida se perder todas as suas cabeças, o problema é que nascem outras de onde as primeiras foram cortadas. Existem dois arcanos no grupo, ambos com bolas de fogo que não hesitam em disparar. As bolas ferem e queimam o monstro que se debate sem espaço pra atacar o grupo que está em um corredor mais estreito que a besta. Mas aí a surpresa, a hidra regenera-se das queimaduras com facilidade e quase instantaneamente. O bárbaro do grupo que tem a arma cortante tão necessária pra tarefa comete um erro e arremessa o machado nas costas de um companheiro, perdendo a arma e quase matando o estrategista que dá bônus pra todos do grupo.

Usam magias de efeito e mais fogo contra o monstro, mas este sempre regenerando, até que arrancam uma cabeça. O feiticeiro manda um raio de fogo para cauterizar o pescoço decepado, para evitar o cultivo de novas cabeças naquele local. Ótimo, agora só existem 5 cabeças pra serem decepadas, mas o bárbaro está sem machado e muito machucado, o estrategista que tinha uma espada, foi massacrado e está sem um braço útil, o bardo precisa cuidar para evitar as baixas no grupo usando suas magias e os arcanos só tem poder de fogo e não cortante.
Resultado, viram que não conseguiriam enfrentar a fera na configuração atual, mesmo tendo muito poder de dano, os arcanos não conseguem arrancar cabeças com bolas de fogo e outros raios que apenas machucam. O bárbaro descontrolado não conseguiriam enfrentar sozinho, o estrategista foi mais machucado pelos próprios amigos do que pelo monstro e enfim, o guerreiro morto faz muita falta.
Cada um é importante, cada personagem é bom em uma coisa, ninguém é suficiente para tudo, existem fraquezas e especialidades em cada persongem, não tem como fugir disto, sempre que for bom em algo, vai haver outra coisa para ser debilitado. Apenas um grupo unido e bem diversificado está apto a enfrentar todos os desafios que possam surgir.

O grupo fugiu sabiamente, depois de ter se livrado de apenas uma cabeça do monstro, mas vai voltar, quando estiver completo e mais mais preparado, com um plano e com a vitória em suas mãos por agora reconhecer e valorizar as capacidades de cada membro.

Não mataram o monstro e venceram o desafio imposto, mas com certeza ganharão a experiência por ter aprendido essa valiosa lição.

[Mestre Bio]

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Blog:
http://furyanos.blogspot.com/

This entry was posted on domingo, 16 de maio de 2010 at 12:59 and is filed under , , , . You can follow any responses to this entry through the comments feed .

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